quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Foi Apenas um Sonho
Todos nós sabemos que Kate Winslet é uma das maiores atrizes da nova história do cinema mundial, ganhadora do oscar de melhor atriz em 2009 pelo filme "O Leitor", ela se tornou a mais jovem atriz a receber 6 indicações ao oscar. Mas gostaria de indicar um filme de 2008, baseado no aclamado livro norte-americano Revolutionary Road: Estrada Revolucionária escrito por Richard Yates em 1961. O filme é FOI APENAS UM SONHO, do diretor de Beleza Americana, Sam Mendes, marido de Kate.
O filme é um estudo meticuloso do vazio existencial que toma conta dos casais depois que a paixão vai embora e os sonhos se frustram.
O roteiro contém um tema que nos aflinge até hoje, o de sonhar e depois deixar tudo de lado para levar uma vida igual a todos. Atualmente a maior parte das pessoas só vivem sonhos em suas mentes sem nunca realizá-los e constantemente são bombardeadas por novos sonhos de consumo ou idéias, deixando assim uma vida inacabada. Esse bombardeio não existe no filme, pois nele a vida parece ser completa e perfeita, sem chance de grandes alterações.
Acho que mesmo sem realizar nossos sonhos nós normalmente acabamos nos acomodando com a vida seja ela boa ou ruim e tudo começa a parecer aparentemente tranqüilo. O filme traz a perspicaz sensação de que podemos facilmente nos tornar iguais aos personagens, felizes só aparentemente e interiormente confusos. Os diálogos e olhares transmitem a incomoda e inteligente visão de que existe uma grande diferença entre sonhar e realizar o sonho.
Parece até normal esquecer suas ambições de jovem conforme vivemos, triste mas aceitável. Só que o que esse enredo traz é justamente a tristeza que muitos nós não sequer ousamos ver, a de se conformar tanto com a própria vida que o medo toma conta de todos outros desejos. Medo de tomar uma atitude errada ou de não conseguir se imaginar dentro ou fora de uma situação. Até que ponto temos coragem de mudar nossas vidas de acordo com o que realmente queremos ou até onde é possível seguir só o que parece mais fácil?
Refletir sobre o que acontece ou deixa de acontecer é fácil só que o que vemos nas cenas é nossa dificuldade em ver nossa própria beleza e de se espantar com nossa crueldade.
O homem interpretado por Leonardo de Caprio não consegue enxergar que ele pode ter uma beleza oculta que só precisa de tempo para aparecer e sua mulher é o oposto. Ela acredita que todos temos algo especial para oferecer ao próximo e que a vida é mais do que comer e trabalhar só que não encara a crueldade que a vida nos impõe com a coragem necessária. Todos são personagens querem escapar de situações incômodas só que um quer correr e o outro quer encarar só gritando.
Eles parecem infantis, explodindo sentimentos sem saber o que fazer concretamente. Parece que sabem, mas no fundo não sabem porque ninguém tem a coragem de aceitar que tudo é conseqüência de decisões que tomamos e não que outros tomaram por nós. Os personagens se culpam e agridem já que não sabem como chegaram àquela situação.
Nem refletindo dá para descobrir o quanto de suas vidas foram vividas só para agradar o próximo e quanto foi vivida só por convenção. Ninguém pensou sobre o que estava fazendo até sentir um nó na garganta para dizer que estavam vivendo a promessa não declarada de realizar um sonho que no fundo nunca irá ser realizado.
De que adianta apenas conversar sobre sonhos? Viver seus sonhos, esquecer o medo de fracassar e só depois refletir é melhor. Só que o medo do fracasso futuro ou atual é tanto que o casal entra em desespero e saem pelo caminho aparentemente mais fácil de suportar.
O que se esquecem, no entanto, é que não é a saída mais fácil que irá trazer a melhor conseqüência.
massa veio!!! parabens, continua assim
ResponderExcluirse dé passa por la
http://menteilicita.blogspot.com
paz e prosperidade!
Adoro Reviews!
ResponderExcluirTo seguindo cara!
dá uma passadinha quando der!
http://blog-da-pamella.blogspot.com/
Beijo!