Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta - por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta - por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.
Sophia de Mello Breyner Andresen
legal este poema.. Não conhecia esta poetisa.
ResponderExcluirIndiquei um selo ao seu Blog.
Confira lá depois...
valeu!
Adoro seus posts.. Mesmo! Beijos.
ResponderExcluirQue lindo poema! Que palavras oportunas pra minha vida...
ResponderExcluirTais versos me definem:
"As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos"
Obrigada por este post!
Que belíssimo poema... =)
ResponderExcluirImpossível ler somente uma vez!
Um forte abraço, meu amigo.
Te espero lá no blog ;)
www.nicellealmeida.blogspot.com
A tonalidade desse poema é algo que nos leva a uma reflexão. Muito bom quando uma poesia parece nos tocar a alma. Parabens!
ResponderExcluirAqui eu sempre descubro esses autores que valem a pena ser lidos. Você é ótimo, Evandro.
ResponderExcluirMeu amigo,
ResponderExcluirVim te desejar um ótimo final de semana.
Espero que vc esteja aproveitando ao máximo tudo por aí.
Te espero lá no blog!
www.nicellealmeida.blogspot.com
Adorei este poema! Lido em voz alta soa como uma valsa... Acho que minh'alma também e feita de maresia...
ResponderExcluirAbraço grande!
O mar é isto mesmo: enigmático, que perdoa tudo e que nos hipnotiza por alguma razão.
ResponderExcluirBonito poema!
Beijos