Essa “dona doida” Adélia Prado, que apareceu nos anos 70 (com o extraordinário Bagagem) na poesia brasileira, dando um novo significafo-requinte à poesia do quotidiano.
Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso
com trovoadas e clarões, exatamente como chove agora.
Quando se pôde abrir as janelas,
as poças tremiam com os últimos pingos.
Minha mãe, como quem sabe que vai escrever um poema,
decidiu inspirada: chuchu novinho, angu, molho de ovos.
Fui buscar os chuchus e estou voltando agora,
trinta anos depois. Não encontrei minha mãe.
A mulher que me abriu a porta, riu de dona tão velha,
com sombrinha infantil e coxas à mostra.
Meus filhos me repudiaram envergonhados,
meu marido ficou triste até a morte,
eu fiquei doida no encalço.
Só melhoro quando chove.
'' [...]Quando se pôde abrir as janelas,
ResponderExcluiras poças tremiam com os últimos pingos.[...]''
apaixonante,gostaria eu de poder ler este livro
mas agora com os livros da Faculdade sem tempo.
hehehe³
Doida não, querido...
ResponderExcluirHumana e LÚDICA!
;)
Sempre com boas indicações de leitura neh?! Mas estou na mesma situação do colega acima, sem tempo para leituras paralelas...
ResponderExcluirBjoxxxxxxxxxxxxxx querido!
Evandro, como está? É bom retornar por aqui. E mais! Esta sua postagem me chamou muito a atenção, por você retratar aqui uma pessoa que passei a ler a poucas semanas: "Adélia Prado". Postei há alguns dias uma frase dela em meu blog sobre "a coisa mais fina do mundo". São poesias legais. Além disso, eu sou um admirador da chuva (rsrs). Tenha uma boa semana. Um abraço, Jones Barreto.
ResponderExcluirlindo, Anderson!
ResponderExcluirAMO ADÉLIA PRADO.
ResponderExcluirterminei o "prosa reunida", dela também, semana passada e me apaixonei de coração.
ela é doce, ela é gente.
bjsmeus
Amo Adélia Prado!
ResponderExcluirAmo o Sabor da Letra!
Estou de volta!
A Folia foi Forte!
To inteiro!
Vem me ver! ^.^ ?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue ótimo sabor...
ResponderExcluirRegado com chuva... melhor ainda.
Tem sabor de fertilidade, cheiro de chão...
Saudades de vc, Evandro.
Como estais menino? E as novidades?
Quando puder venha partilhar comigo de www.minhasinspiracoes.blogspot.com
abraços
só melhoro quando chove também =)
ResponderExcluirUau, que poema lindo de Adélia! Não conhecia este! Belíssimo sabor de chuva! Abraços, Carolina
ResponderExcluirOlá grande Evandro! Você sempre com maravilhosas e grandes dicas no mundo da leitura, da música e da literatura. Um grande abraço pra você.
ResponderExcluir"Só melhoro quando chove."❤
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