domingo, 17 de julho de 2011

Desafio Literário

Respondendo ao desafio literário proposto por Alan Tykhé do blog Pensamentos e Fragmentos:



1 - Existe um livro que você leria e releria várias vezes?
Sim.  Crime e Castigo – Dostoievsk

2 - Existe um livro que você começou a ler, parou, recomeçou, tentou e tentou, mas nunca conseguiu ler até o final?
Sim, O Ser e o Nada, Jean Paul Sartre, mas não desisti.

3 - Se você escolhesse um livro para ler para o resto da sua vida, qual seria ele?
Livro do Desassossego, Fernando Pessoa.

4 - Que livro você gostaria de ter lido, mas que, por algum motivo, nunca leu?
A Divina Comédia, Dante Alighieri

5 - Qual livro que você leu cuja "cena final" você jamais conseguiu esquecer?
O Vermelho e o Negro, Sthendal. Tenho vontade de chorar de emoção só em lembrar.

6 - Você tinha o hábito de ler quando criança? Se lia, qual tipo de leitura?
Não, até que com 12 anos li A Metamorfose, de Kafka, e nunca mais parei.


7 - Qual o livro que você achou chato, mas ainda assim o leu até o final?
Germinal , de Émile Zola

8 - Indique alguns dos seus livros favoritos.
A cerimônia do adeus, Simone de Beauvoir
A condição humana, Hannah Arendt
A Metamorfose, Franz Kafka
A Montanha Mágica, Thomas Mann
A Náusea, Jean-Paul Sartre
A Paixão Segundo GH, Clarice Lispector
As Benevolentes, Jonathan Littell
As Palavras e as Coisas, Michel Foucault
Assim Falou Zaratustra,Friedrich Nietzsche
Crime e Castigo, Fiódor Dostoiévski
Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso
Decamerão,Giovanni Boccaccio
Dom Casmurro, Machado de Assis
Fragmentos de Um Discurso Amoroso ,Roland Barthes
Grande Sertão: Veredas, Joao Guimaraes Rosa
Hamlet, Shakespeare
Lobo da Estepe, Herman Hesse
Morangos Mofados, Caio Fernando Abreu
Mrs. Dalloway, Virginia Woolf
O Banquete, Platão
O Cânone Ocidental, Harold Bloom
O Evangelho Segundo Jesus Cristo, José Saramago
O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
O Vermelho e o Negro, Sthendal
Otelo, Shakespeare
Shakespeare - A Invenção do Humano, Harold Bloom
Verdade Tropical ,Caetano Veloso
É isto um Homem - Primo Levi

9 - Qual livro você está lendo no momento?
Clarice, de Benjamim Moser
A Solidão do Diabo, de Paulo Bentancur

Forte abraço ao querido Alan, obrigado pelo desafio.
Deixo o desafio para todos os blogueiros que amam livros. 

sábado, 16 de julho de 2011

A Ira de Deus?

Em novembro de 1755, no auge da riqueza levada pelo ouro e por outras preciosidades do Brasil Colônia, Lisboa, capital de Portugal, se transforma em palco de de um dos maiores terremotos registrados em todos os tempos. A magnitude do tremor seria registrada hoje acima de 9 na Escala Richter. Até o Caribe sentiu efeitos do terremoto. Riquezas foram arruinadas, o mercado foi interrompido, a economia ficou arrasada.
O terremoto que arrasou Lisboa em 1755 inspira o livro do historiador britânico Edward Paice. Em entrevista ao Milênio, o autor esclarece como foi o terremoto e a tsunami que arrasaram a capital portuguesa e mudaram toda a História. O historiador compilou todos os fatos e publicou no livro "A Ira de Deus"

sábado, 9 de julho de 2011

Sob as Estrelas da Bahia


Sentados lado a lado, cada um em uma ponta de um sofá bege de listras marrons no camarim de um estúdio fotográfico em Salvador (BA), Caetano Veloso, 68, e Gal Costa, 65, têm 50 anos de história para lembrar. Caetano senta-se reto, atento; Gal está à vontade, com as costas fundas no sofá. Passeando entre os muitos pontos de intersecção em duas carreiras sempre próximas e distantes, falam dirigindo-se tão frequentemente um ao outro quanto a mim, sentado em uma cadeira de frente para os dois. Enquanto reconstroem memórias em par, completam as frases mútuas com intimidade além daquela de namorados ou irmãos, mas de amizades que se orbitam, não importa quantas vezes o planeta gire. Se amizade é identificação, confiança, comunhão de raízes, empatia ilimitada, amigos são mais do que a família que escolhemos, são aqueles que continuam nos conhecendo quando mudamos.

Alguém entra na sala, traz água de coco para Gal e sai. Caetano cruza as pernas embaixo de si, no sofá. Estamos aqui por uma ocasião especial: Caetano, vindo de uma fase especialmente carregada de frescor, depois dos discos Cê e Zii e Zie (e um ao vivo com Maria Gadú, vá lá), se viu tomado por inspiração para desencadear um processo semelhante com Gal, compondo todo um disco para ela e direcionando as gravações (se nada mudar, o álbum, previsto para setembro, deverá se chamar Doce). A última vez que ela entrou em estúdio para fazer um álbum foi em 2005 - Hoje, lançado pela gravadora Trama. O novo disco terá o apoio da gravadora Universal, que também lança os discos de Caetano e recentemente compilou os LPs de Gal gravados entre 1967 e 1983 em uma caixa com 16 CDs.

Gal e Caetano estão apreensivos, em pleno processo de finalização do álbum: faltam poucos dias para terminarem de registrar as vozes definitivas no estúdio de Carlinhos Brown, no Candeal. As bases já foram gravadas no Rio com a ajuda de Moreno Veloso - filho de Caetano e afilhado de Gal - e com participações de jovens músicos cariocas. Assim que o último rec virar stop, os arquivos de áudio ganharão mixagem, masterização, título e capa. Hoje, sábado nublado de junho, estamos na Bahia para falar do passado no presente - Bahia que já existia em mim através das músicas e agora se materializa no momento vivido e no cenário de lembranças do compositor e da cantora.

"O Caetano para mim é muito importante por tudo que a gente viveu e conviveu", Gal começa. "Por tudo que ele compôs, tantas músicas que ele fez para mim, direcionadas a mim, falando para mim. Eu adoro as canções de Caetano. Ele é o compositor que melhor escreve para mim, para a minha voz, para mim mesmo. A gente tem uma identificação musical. Neste momento, Caetano fazer este trabalho comigo é maravilhoso. É muito importante historicamente e emocionalmente."

Caetano, propulsor da ideia há um ano e meio, quando pela primeira vez contou a Gal do novo projeto, explica que a vontade deste álbum nasceu de pensar na história da presença de ambos na música e na história da própria música brasileira. "Gal tem uma qualidade de emissão vocal muito especial e um papel histórico muito importante, e as duas coisas estavam relativamente subvalorizadas nos últimos tempos", reflete. "Tenho necessidade de ter uma visão histórica mais equilibrada, e isso me pareceu como uma necessidade para mim mesmo e tenho certeza que para os outros também. Então fiquei com desejo de fazer o repertório e produzir um disco todo para Gal. Me interesso muito por fazer este disco agora, para reequilibrar a visão histórica."

 Gal, entretanto, deixa claro que em nenhum momento a ideia foi homenagear o que houve, mas sim o que ainda há para haver. "Não vai ter nada a ver com nenhum disco que eu já fiz na vida, nem com nenhum disco que ele já fez na vida", explica. "Vai ser uma coisa nova, repertório novo, tudo novo, mas é claro que tem a ver com passado porque a nossa história está impregnada na gente."


Materia publicada na edição 58 da Rolling Stone Brasil, nas bancas a partir de 8 de julho.
Jornalista: Ronaldo Evangelista

Chico Buarque

A internet possibilita que por trás do anonimato, falemos mal de quem quer que seja,
mas quem descobriu isso há pouco e ficou absolutamente chocado foi o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda.

Praticamente uma unanimidade nacional da MPB (como escritor, andou atraindo críticas injustas ultimamente), detentor de uma legião gigantesca de fãs ardorosos, sobretudo do sexo feminino, eis que ele se expôs recentemente ao fantástico mundo da interação digital.

E se deu muito mal.

Um vídeo que circulou esses dias traz um relato do artista em que ele manifesta seu espanto por ter descoberto um monte de gente que não gosta dele e que faz questão de deixar isso agressivamente bem claro, por meio de posts em um site sobre o seu novo disco.

No filmete, Chico lembra que o artista em geral vive num mundo em que se sente amado, há os aplausos, o carinho do público nas ruas, mas que na internet o bicho pega.

"Eu não sabia que o jogo era esse. Na internet as pessoas falam o que lhe vem à cabeça. Na primeira vez, fiquei espantadíssimo. Você descobre que é odiado!".

Ele diz isso entre o espanto propriamente e um riso bem nervoso, lembrando posts que diziam "este velho!" ou "olha o que o álcool faz com a pessoa".

O vídeo, de fato, é hilário, naquela linha de seria cômico se não fosse trágico, trágico pelo menos para o Chico.

Mas além de nos proporcionar alguma diversão, ele, Chico, deixa uma lição: "Você vai fazer o quê? Existe muita raiva, e você vai ficar com raiva de quem está com raiva? Melhor deixar pra lá...".

E arremata com uma observação muito, muito boa...

Video do dia: Comentários na Internet from Chico Buarque: Bastidores on Vimeo.

Fonte:
Luiz Caversan, Folhaonline.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Voltando aos poucos...

Amigos,
após um periodo afastado, estou tentando voltar aos poucos.
Digitando apenas com a mão esquerda, pois sofri um acidente e tive que reconstituir a mão
direita em cirurgia plastica reparadora,  após 21 dias de internação, e com a ajuda dos amigos
e em especial do meu companheiro de vida, estou de volta. Nesse periodo li e vi muita coisa, por isso assunto não vai faltar.
Beijos no coração de todos!